Três trabalhos de graduação e um de pós-graduação da Unesp foram premiados na terceira edição do Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos, promovido pela Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp em conjunto com o Instituto Vladimir Herzog. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira, dia 27.
A categoria “Educação”, um dos cinco eixos da premiação, foi dominada por pesquisas da Unesp, selecionadas na graduação e no doutorado –os trabalhos vencedores de cada eixo são anunciados para graduação, mestrado e doutorado, totalizando 15 premiados.
A pesquisa de graduação vencedora em educação apresentou a produção de uma história em quadrinhos (HQ) adaptada para pessoas com deficiência visual e pensada como material didático para o ensino da evolução da teoria atômica. O trabalho de conclusão de curso é de autoria de João Pedro Ponciano, sob orientação do professor Aguinaldo Robinson de Souza, da Faculdade de Ciências (FC) do câmpus de Bauru.
A pesquisa de doutorado vencedora em educação buscou responder a seguinte questão: como adolescentes em desvantagem social sonham e de que forma as aulas de matemática podem proporcionar espaços para o desenvolvimento dos sonhos desses adolescentes? Sob orientação do professor Ole Skovsmose, a tese de Daniela Alves Soares foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática com sede no Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) do câmpus de Rio Claro e elaborou uma tipologia de sonhos para jovens em desvantagem social (sonhos como necessidade, sonhos como possibilidade, sonhos como alteridade, sonhos como fruição) que pode se constituir como motivos para aprender.
Na categoria “Ciências Biológicas e da Saúde”, foi premiada a pesquisa de graduação que propôs a construção e a validação de uma cartilha sobre saúde sexual e reprodutiva para mulheres surdas, elaborada na Língua Brasileira de Sinais (Libras). A autora do trabalho, Juliana Maria Teobaldo Martins, foi orientada pelas professoras Marli Teresinha Cassamassimo Duarte e Marla Andréia Garcia de Ávila, ambas da Faculdade de Medicina (FMB) do câmpus de Botucatu. O trabalho, datado de 2022, está disponível neste link e deu continuidade a uma proposta semelhante desenvolvida em 2021 por Beatriz Pontes Visentini, enfermeira formada naquele ano pela Unesp.
Na categoria “Artes, Comunicação e Linguagem”, foi premiada a pesquisa de graduação “Folha de S.Paulo e os 50 anos do golpe militar: a memória jornalística de mulheres militantes”, desenvolvida pela estudante Caroline Cavalleiro Campos sob orientação da professora Maria Cristina Gobbi, da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (Faac) do câmpus de Bauru. O trabalho teve apoio de uma bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).