O presidente da França, Emmanuel Macron, foi reeleito no último domingo (24) ao superar sua rival, Marine Le Pen, no segundo turno das eleições presidenciais. De acordo com pesquisas de boca de urna, o cenário já apontava para uma vitória de Macron, apesar de Le Pen ter conquistado a maioria dos votos nos territórios ultramarinos franceses. Com cem por cento das urnas apuradas, Macron atingiu 58,5% contra 41,5% dos votos de Le Pen. Esta é a primeira reeleição de um presidente francês desde a vitória de Jacques Chirac em 2002.
Quinze minutos depois da divulgação das projeções, a candidata Le Pen se pronunciou. Ela admitiu a derrota e afirmou que o resultado ainda é uma vitória para o seu movimento político que visa um eleitorado de extrema-direita.
Em suas palavras iniciais, Macron disse que de agora em diante, não é mais o candidato de um campo, mas sim o presidente de todos. Ele também prometeu um “método renovado” para dirigir a França após um primeiro mandato marcado por diversos protestos.
O presidente reeleito disse duas vezes que seu projeto é transformar a França em uma nação ecológica.
Macron destacou: “Serei exigente e ambicioso, temos muito a fazer. A guerra na Ucrânia está aí para lembrar que a França deve levar sua voz e a clareza de suas escolhas e reconstruir sua força em todos os domínios, e nós faremos isso”.
Segundo Macron, a agenda exige um govenro para todos em volta, e a raiva e os desentendimentos com grupos de extrema-direita precisam encontrar respostas.
Fernanda Mello Sant’Anna, especialista em relações internacionais da Unesp em Franca e coordenadora do Grupo de Estudos em Política e Direito Ambiental Internacional da Unesp, explica que a vitória do presidente da França, Emmanuel Macron sinaliza que os desafios para a implementação de acordos entre União Europeia e Mercosul vão continuar. E que o futuro das relações diplomáticas entre o Brasil e o país europeu deve depender também dos resultados da eleição presidencial brasileira deste ano.
“O Acordo entre Mercosul e União Europeia precisa ser aprovado no Parlamento Europeu. e muitos parlamentares europeus duvidam que o governo brasileiro vá realmente cumprir as cláusulas sociais e ambientais previstas no tratado”, diz a docente.
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Imagem acima: Macron comemora o resultado da eleição presidencial. Crédito: Reprodução do Facebook.