Prato do Dia aborda a degradação dos mares e a diminuição de sua capacidade para sustentar a vida

Em entrevista ao podcast, Coordenador da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano, Alexander Turra, fala sobre a Década dos Oceanos, iniciativa da ONU para aumentar a conscientização sobre a gravidade da deterioração do ambiente marinho e fomentar soluções.

A nova edição do Prato do Dia, o podcast da Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp, entrevista o oceanógrafo e professor titular do Instituto Oceanográfico da Usp Alexander Turra. Turra é coordenador da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano, e em sua entrevista ele explica a importância da chamada Década dos Oceanos, assinalada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 5 de dezembro de 2017, a ONU declarou que o período entre 2021 a 2030 seria a “Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento  Sustentável”, uma ação para despertar a consciência quanto à necessidade de mobilizar esforços em prol da preservação e da conservação do oceano.

 Apesar de cobrir 71% da superfície do planeta, e estar intrinsecamente ligado com as condições necessárias para a sobrevivência, o oceano vem sendo alvo de intensa poluição e degradação, com reflexos preocupantes que afetam desde a vida animal aquática até os ambientes marinhos, com reflexos na temperatura da terra e na mudança climática.

“A ideia é aumentar a compreensão de que o oceano é importante para a manutenção da vida, e que vem perdendo a capacidade de cumprir esse papel”, diz Turra. “Isso ocorre porque várias ações humanas levaram ao que chamo de comorbidades ambientais, num acúmulo de vários poluentes concentrados do mesmo local, como lixo, esgoto, fármacos, fertilizantes e agrotóxicos. No Brasil, acontece principalmente na Baía de Guanabara (RJ) e Baixada Santista (SP), justamente em regiões com alta concentração populacional”, explica.

 A Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento  Sustentável tem como meta alcançar sete diferentes objetivos, que buscam alcançar um oceano limpo, saudável, resiliente e produtivo, que possa ser inclusive fonte de alimentos, para combater a insegurança alimentar, e de energia limpa e renovável, para contribuir com a transição de uma economia de baixo carbono.

“Tudo isso pode ser feito dentro de um grande universo que a gente chama de economia sustentável do mar. O oceano funciona igual ao nosso corpo. Por vezes, determinadas situações fazem com que nossa resistência diminua. A gente, trabalhando a saúde, faz com que ele funcione bem e consiga lidar com adversidades que são difíceis de enfrentar”, destaca o docente.  

Confira a entrevista completa na edição #39 do Prato do Dia.