O passo decisivo para a carreira científica

Vencedores do último CIC Unesp destacam aspectos decisivos de suas trajetórias acadêmicas

Em que momento da trajetória acadêmica o estudante dá o passo decisivo para a carreira científica? As respostas variam de pessoa para pessoa, passando pela história de vida pregressa do futuro cientista, pela realidade local e pelo momento histórico em que ele ou ela está inserido, entre outros fatores.i

No âmbito da Universidade Estadual Paulista (Unesp), esse turning point, ou ponto de virada, para muitos estudantes ocorre por meio de um evento anual, o Congresso de Iniciação Científica (CIC), um dos mais tradicionais do país, que em 2021 será realizado no segundo semestre pela 33ª vez.

No ano passado, a 32ª edição do CIC Unesp contou com 2.814 participantes e destacou os dez principais trabalhos nas três grandes áreas do conhecimento. As histórias dos projetos de iniciação científica vencedores do último CIC Unesp, e de seus autores, serão detalhadas abaixo na tentativa de ajudar na resposta à questão que abre este texto.

Aprimorar a formação

“Nos dias de hoje, realmente acredito que o grande desafio da universidade envolve a formação de indivíduos capazes não só de buscar conhecimentos, mas também de saber utilizá-los de forma adequada. Nesta perspectiva, a iniciação científica contribui como valioso elemento para aprimorar significativamente determinadas qualidades desejadas para um excelente profissional”, afirma o pró-reitor de pesquisa da Unesp, professor Edson Cocchieri Botelho, que complementa:

Um aluno que realizou um bom trabalho de iniciação científica será mais inovador e, muito provavelmente, terá melhores condições de aprimorar a sua formação profissional e empregabilidade, uma vez que trabalhos deste tipo contribuem para o aumento da criatividade e a produção de conhecimento crítico.

A seguir, os autores dos projetos vencedores no 32º Congresso de Iniciação Científica da Unesp, realizado em 2020 totalmente de maneira virtual em razão da pandemia de Covid-19.

Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes
Francine Ferreira de Nardi Golia, 28 anos
Artes Visuais, 4º ano, câmpus de Bauru
Cidade natal: Osvaldo Cruz (SP)
Trabalho vencedor: O tema da ninfa no pensamento de Warburg e pesquisadores atuais
Orientadoras: professoras Eliane Patrícia Grandini Serrano (Faac-Bauru) e Luana Maribele Wedekin

Ciências Exatas, da Terra e Engenharias
Olavo Fiamencini Verruma, 21 anos
Química, 5º ano, câmpus de Araraquara
Cidade natal: Dourado (SP)
Trabalho vencedor: Polímeros de coordenação luminescentes como potenciais candidatos para aplicação em ciências forenses e investigação criminal
Orientadora: professora Regina Célia Galvão Frem (IQ-Araraquara)

Ciências da Vida
Tassiana Cristina Talpo, 23 anos
Farmácia-Bioquímica, formada em fevereiro de 2021, câmpus de Araraquara
Cidade natal: Americana (SP)
Trabalho vencedor: Biomarcadores do estresse glico-oxidativo em camundongos com obesidade/intolerância à glicose e tratados com extrato do caule de Siolmatra brasiliensis
Orientadora: professora Amanda Martins Baviera (FCF-Araraquara)

Clique aqui para acesso a entrevistas e vídeos com os vencedores do 32º CIC.

Na imagem acima, Francine Ferreira de Nardi Golia, aluna do 4º ano de Artes Visuais no câmpus de Bauru. Foto: arquivo pessoal.